Muitos sabem que a Itália, tal como outras nações europeias, poderia ser fortemente dividida em duas partes: um Sul e um Norte. As razões culturais, enogastronómicas e de atitude de caráter dos povos que nela habitam, dependem das colonizações passadas a que estes territórios sofreram. Embora do ponto de vista artístico-monumental, podemos encontrar evidências de todos os períodos históricos em quase toda a península; do ponto de vista cultural, são evidentes as assonâncias de caráter dos povos colonizadores. O Norte com os povos austro-húngaros e em geral com os povos nórdicos; o Sul com os povos “latinos”. Ou melhor, com as dinastias dos Angevins (os franceses) e dos aragoneses (os espanhóis). A Volta ao Reino das Duas Sicílias é uma viagem dentro do grande Reino Bourbon que no século XVIII viu o esplendor do Sul imposto a toda a península italiana. Um único reino com a sua capital em Nápoles governava as duas regiões actuais da Sicília e Campania e o resto do Sul. Sempre regiões irmãs, aliás, a Campânia e a Sicília são duas terras unidas por muitos elementos. Da história, cultura, origens, a continuidade das paisagens e património arqueológico monumental, a generosidade da terra, a refinada e inestimável arte culinária, e o sol e exuberância dos seus povos. Uma imersão total no esplendor do Barroco, a sugestão dos templos greco-romanos, a natureza exuberante da sua vegetação, os aromas a doces e cheiros cítricos que acompanham as ruas, o ilimitado dos panoramas naturalistas de beleza inigualável, a efervescência dos seus vulcões e o folclore dos seus habitantes; irá acompanhá-lo ao longo da duração desta viagem de conteúdos incríveis.